quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Vamos falar de solidão.

Na sua casa nunca mais entrei, mas decorei com exatidão todas as coisas como eu deixei. Vasos jogados pelo chão, lembranças do que não presenciei. Mas decorei com exatidão, como o passado que eu mesmo criei. E tudo que eu posso oferecer são minhas palavaras pra você no plágio de uma bela melodia. E tudo que eu quero te dizer eu já cansei de escrever. Quero te ver enquanto não é dia.
Mas diz porque tu vais embora
Mas diz porque tens tanto medo
Se não acorda cedo, nem trabalha, estuda ou namora
Mas diz porque chegou a hora
Agora que eu venci meu medo
Te peguei pelos dedos pra dançar enquanto o sol demora. Para chegar trazendo aurora e a luz que cega e me dá medo. E como um torpedo eu deslizo e vôo num mar de lençois. E cada dobra conta histórias de muitas delas sinto medo. São muitos enredos enrolados e embriagados como nós
Tão a sós, como nós
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você?
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você?
E eu não quero lembrar do que eu fui pra você uma simples distração pra você esquecer. Eu não quero lembrar que chegamos ao nosso fim. Eu não quero lembrar que eu vou acordar sabendo que meus olhos não vão te encontrar. Eu não quero lembrar que tudo acabou pra mim
Vou te esquecer, vou te esquecer
Vou te esquecer, vou te esquecer
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida...

Como eu vejo, como eu fico, como eu não canso de tentar, eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar, vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar... EU NÃO VOU DEIXAR.

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